sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Uma imagem, uma frase, uma ideia.


Fuck you, I wont do what you tell me!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Tudo tem o seu avesso


Há coisas na vida que não são para serem entendidas. A que vou falar é uma delas. Tenho mesmo que o dizer, e não sei como o hei-de fazer. A culpa é toda minha. Se há coisas que não se entendem, não sou eu nem ninguém que as vai ter de fazer entender, mesmo que a história prove exactamente o contrário. Ainda assim, serei muito claro. Então, não será por falta de clareza que não vamos entender.

Eu próprio percebo muito pouco do que tenho para dizer. Bem, deixando-me de rodeios, o que quero é fazer o elogio do amor puro, a verdadeira homenagem a esse sentimento destruído pelo mundo e gentes contemporâneas. Dá a ideia que já ninguém se apaixona realmente. Parece que já ninguém aceita amar alguém sem uma razão aparente. Já ninguém se assume para viver o que é impossível de ser vivido. Nos dias de hoje, as pessoas apaixonam-se por uma questão de jeito, não mais do que isso. Dão-se bem, não se chateiam muito.

Por hoje, as pessoas fazem contratos antes do casamento, fazem planos sobre e para tudo, e à mais mísera adversidade entram logo em diálogo, aceso na maioria das vezes e “entre pessoas adultas”. O amor é cada vez mais algo que pode ser combinado por outros factores. Os amantes começaram a proliferar, como se de comércio e sociedades se tratasse. O amor é hoje não mais que uma mera espécie de sentimento influenciada por questões psicológicas, biológicas e sociológicas. Vai do indivíduo escolher o seu amor, porque hoje o amor não acontece por acaso, e talvez por isso não seja amor. Agora escolhe-se de quem se gosta. A beleza é também ela cada vez mais fundamental e essencial, e que me desculpem todos os feios. Sob o ponto de vista sociológico, é cada vez mais importante para o ser humano ter um amor que pareça bem. É cada vez mais uma questão de vaidade que o nosso amor seja este, em detrimento daquele. Ou por Ter uma cor diferente, por ter um cabelo mais engraçado, ou por ter um formato mais esbelto. Tudo conta por hoje para “amar”. Basicamente, podia dizer que as pessoas quase se apaixonam. Não, quase ninguém se apaixona de verdade. Amor verdadeiro é entrega pura e leal, única e autêntica. E nada mais.

Nunca se viu namorados tão covardes como os de hoje. As pessoas são incapazes de correr riscos de felicidade, de ter gestos nobres sem esperanças de recompensa, de esperar e sofrer. Já ninguém aceita a paixão com tudo aquilo que se lhe prende. A pureza, a tristeza, a saudade sem fim, o medo, a instabilidade, e todas as outras coisas. Nada disso é aceite pelas pessoas nos dias de hoje. Nada que tenha a ver com paixão é aceite. Já ninguém aceita viver com a doença, que é como um vírus que nos consome o sangue e o coração, a alma e o ar que respiramos. O amor verdadeiro não é nenhum auxílio para se ser feliz. O amor não é para ser a água que tapa o fogo dos incêndios das nossas vidas. Não é, definitivamente.

Já não vejo romances, loucuras puras, abraços sentidos e todas essas coisas. O amor morreu, já não vive, já não esboça sequer um respiro. Amor que é amor tem de ser perigo por dentro, e não por fora. O amor não é para nos fazer felizes. Não é, e ponto final. O amor tanto faz, é uma mera questão de sorte ou azar. O amor não existe para nos levar para cima das nuvens. O amor existe para nos dar essa vontade, e nada mais do que isso. O resto cabe a quem ama e a quem é amado, a quem quer viver o amor, e a quem não quer. E ainda, na sua maioria, a quem quer viver plágios mal feitos de amor. A quem, basicamente, quer viver a “quase” paixão.

O amor verdadeiro não é sequer um destino. O amor é uma condição, que não se percebe nem nunca se perceberá. O amor é a nossa alma a sonhar. É a busca do que não se compreende, do que não se tem, do que não se apanha. O amor é algo mais bonito que a própria vida que nós vivemos. Antes morrer por amor, que morrer na própria vida.

No amor verdadeiro, quando estamos longe de quem amamos, também não nos sentimos sós. Nessas alturas, acompanha-nos o amor que temos, o sonho de o termos para a eternidade. Quem ama de verdade, nunca está sozinho, ainda que os nossos olhos não vejam isso.

Se não percebemos, é sinal puro, é amor. A vida dura enquanto vivemos, o amor não. O amor não é eterno, é antes um sonho de sempre e para sempre, deixa de o ser eterno quando não é mais do que um sonho, mas mesmo assim continua a ser amor. Só um amor pode valer uma vida. Mil e um espertos concebem a sua vida negando o que disse, vivendo a vida e desfrutando dela em golpes felinos de prazer, mas nunca mais do que isso, nunca amando sem segundas intenções, sejam elas de companhia, de prazer ou de necessidade. E se assim é, não é amor.

E o curioso é que para ser feliz já não se pode pensar assim. E ao fim ao cabo, todos temos os nossos amores, e dependemos todos do mesmo para sermos felizes. Um estado de equilíbrio, cada vez mais.

Nuno.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

E no beijo vou guardando os versos mais lindos que te escrevo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O que somos.


Pois é caros amigos, o sonho comanda a vida. Se recuar dois ou três anos, quando ainda não estava na faculdade, o que era eu senão um rapaz que queria lá estar? Na altura eu não era um aluno do Secundário, era um aluno que queria estar na Faculdade. ‘Ah, mas tu estudavas no Secundário e não na Faculdade. Logo, eras aluno do Secundário’. Muito bem, mas então para que estudava eu? Para estar no Secundário? Que estupidez. Não, estudava para estar na Faculdade. Hoje o que sou? Sou alguém que quer ser Farmacêutico. E é para isso que estudo, ou não? Pois se assim não fosse, não precisava de estudar. Este exemplo tem tanto de estúpido como de real, interessante e verdadeiro. Somos sempre o que ambicionamos, o que sonhamos. Tudo aquilo que já conseguimos não é senão um facto, que não serve de muito mais que um outro facto qualquer.
Vejamos… quando entrei na Faculdade, esbocei felicidade e contentamento. Então, se hoje ainda estou na Faculdade terei de esboçar felicidade e contentamento? Claro que não parvos! Hoje eu já não sou alguém que quer lá estar, porque já estou. Sou alguém que quer mais, que quer aquilo que não tem, que não é. E é a isso que me proponho todos os dias que saio da cama com mais ou menos convicção. E quem diz Faculdade, diz um emprego, diz uma casa, diz um carro, diz um amor, diz um amigo, diz uma vida. Quem diz Faculdade, diz tudo. Bem, esta é para ti que ainda estás a pensar que eu sou maluco e anormal está bem? Se ganhares trezentos contos hoje, amanhã não vais querer ganhar quatrocentos? Alguma vez te vais dar por contente? Eu acho que não. O ser humano quer sempre mais, mais e mais. Quer sempre aquilo que não tem. E é para isso que vive, é para isso que corre. Quando aprenderes a nadar, vais querer sempre aprender a nadar mais. E quando nadares mais, já vais querer voar. E quando voares, vais querer voar mais alto. E quando já souberes voar mais alto, vais querer uma outra coisa soberba. É a máxima do ‘Se fores, vai mais longe’ ou ‘Se sonhares, sonha mais alto’.
Eu não sou senão a força e a vontade de atingir os meus sonhos. E tu também deverás ser qualquer coisa como isso. Amigos, a vida vai mostrar-vos que assim é, ou então eu sou mesmo maluco e não percebo nada disto.
Eu, e a minha tendência para compreender o que ninguém se preocupa em compreender.


Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos, porque o mais, por estar realizado, pertence ao mundo e a toda a gente.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego.




domingo, 6 de janeiro de 2008

Apresentação

Aqui quem manda são as palavras que me escorregam das mãos, como quem acredita que pode mudar alguma coisa, ou pelo menos marcar a diferença através de um simples ponto de vista, banal como todos os outros pontos de vista, ou de um poema, livre e abstracto como todos os outros poemas. Ou então muito mais significado, muito mais valor. Coisas soltas e muitas coisas mais, mas sempre à volta do mesmo. De coisas soltas, claro! Será o espaço para eu lançar os meus impulsos. Até breve, até muito breve.

The show must go on!